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A SAGA CREPÚSCULO: AMANHECER PARTE 2/CRÍTICA – o mais fraco da serie

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E chega ao fim a tão falada Saga Crepúsculo, a história de amor com tons góticos pegados de empréstimo dos filmes e da literatura de terror e atenuados para o público juvenil. É quando vemos finalmente Bella como vampira e enfrentando difíceis desafios. Mas será que os resultados foram satisfatórios?

Robert Pattinson e Kristen Stewart como Edward e Bella em AMANHECER – PARTE 2

Durante cinco anos, o público acompanhou a história de amor entre Bella (Kristen Stewart) e o vampiro Edward (Robert Pattison). Para uma franquia que se mostrou sem profundidade, até que a Saga Crepúsculo foi longe. Foi longe principalmente nos números. Se o primeiro filme, Crepúsculo (Twilight, 2008), não chegou aos 400 milhões de dólares no mundo do todo, o segundo, Lua Nova (New Moon, 2009), ultrapassou os 700 milhões. E essa acabou sendo mais ou menos a quantia que os demais filmes também conquistaram nas bilheterias. Fora o que é arrecadado em home video.

Deixando um pouco de lado os números, o que se esperava de A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2 (The Twilight Saga: Breaking Dawn – Part 2, 2012) era mais ação, coisa que faltava em Amanhecer – Parte 1 (2011). Mas isso não quer dizer que tenha sido um problema para o primeiro filme. Ao contrário, creio que o aspecto mais intimista e mais ligado às transformações no corpo de Bella ao ficar grávida de Edward foram interessantes, deram ao filme um certo charme.

Mas com a continuação e uma necessidade de um clímax, o que vemos é uma trama extremamente boba envolvendo os Volturi, um grupo de vampiros malvados que descobre que os Cullen têm uma criança com eles – a filha de Bella -, que poderia ser o que eles chamam de “imortal”, ou seja, uma criatura perigosa e poderosa. Eles não sabem que a garota é fruto da união de um vampiro com uma mortal, algo extremamente raro, quase impossível.

E assim o filme vai trazendo uma leva de vampiros chatos de várias partes do mundo, inclusive dois “draculetes” da Transilvânia e duas vampiras ridículas da Amazônia, entre outros personagens esquecíveis ou risíveis, tudo para ajudá-los em uma provável luta contra os Volturi. Aliás, o que faz o filme escapar de ser um completo desastre e um convite ao sono é justamente a sequência de ação, por mais infanto-juvenil que seja.

O triângulo amoroso formado por Bella, Edward e Jacob e a garotinha Renesmee

Sim, há cabeças sendo arrancadas, mas não há sangue, já que esses filmes são direcionados principalmente para mocinhas. Mas talvez o problema nem seja a preocupação com o público alvo, mas sim com a classificação indicativa, já que pelo menos desde a franquia Pânico, de Wes Craven, que as meninas deixaram de se incomodar com filmes de horror e passaram a curtir o gênero.

Amanhecer – Parte 2 é, de longe, o mais fraco da série. Pior até do que Eclipse (2010). O que não quer dizer que não vá encontrar o seu público. O filme é festejado com gritinhos já no início, ao aparecerem os nomes dos protagonistas nos créditos. Mas isso faz parte das expectativas e da proporção que a franquia foi ganhando ao longo dos anos. Pelo menos dá para dizer que Bella se tornou mais interessante como vampira. Ajudou a fazer com que Kristen Stewart saísse um pouco daquela personagem que parecia mais morta-viva do que os próprios vampiros bonzinhos.

Aliás, tanto Kristen quanto Pattinson foram vistos em performances muito mais interessantes em trabalhos recentes como Na Estrada (On the Road), de Walter Salles, e Cosmópolis (Cosmopolis), de David Cronenberg, respectivamente. Esses filmes mostraram o quanto os dois jovens são bons quando bem aproveitados. Ele, inclusive, vai estar no próximo trabalho de Cronenberg, de nome Maps to the Stars, previsto para o próximo ano, e no de outro grande realizador, Werner Herzog, Queen of the Desert. Quer dizer, a carreira dos dois pode aos poucos ser desvinculada da franquia. O que é ótimo. Ganham eles, ganhamos nós. Mas Hollywood é sedenta e novos produtos similares surgirão.

Ficha técnica

A SAGA CREPÚSCULO: AMANHECER – PARTE 2 (The Twilight Saga: Breaking Dawn – Part 2, EUA, 2012), de Bill Condon. Com Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Michael Sheen, Dakota Fanning, Peter Facinelli, Elizabeth Reaser, Ashley Greene, Maggie Grace, Billy Burke, Nikki Reed. 115 min. Paris Filmes. 14 anos.

Veja o trailer legendado

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

 

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